segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Nada deve separar o bebe de sua mãe...parto consciente (+playlist)


Nascer no amor ... fraternidade e paz...Plenitude.

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parto consciente (+playlist)

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parto consciente (+playlist)

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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Kit massagem Shantala

 
Todo ser humano precisa de contato carinhoso, em particular os menores dentre nós, os bebês.
É a forma como a mãe pode suavizar a percepção que o seu bebê pode ter do mundo exterior, da vida fora daquele templo sagrado onde ele foi gerado, e é também a forma de a mãe fazer com que se estabeleça firmemente entre ele e o seu bebê a mesma relação de confiança na nutrição que ela lhe dava enquanto no ventre. É a forma de o bebê sentir que, do lado de fora, está sendo suprido e mantido pela mesma energia que o supriu e manteve durante os nove meses iniciais de sua existência.
 
Kit para massagem com oleo morninho. Para a mamãe e para massagem shantala no bebe....Sua pele e alma merecem.
Encomende o seu.
Para maiores informações envie uma mensagem para angelmattos@hotmail.com
Kit contendo:
1 Aromatizador elétrico (que além de usar para ...deixar o ambiente cheirosinho , serve também para aquecer o óleo , sem risco de usar velas ou fogo).
1 óleo essencial ( a escolher)
1 óleo vegetal ( semente de uva, amêndoas doce...)
 
 

 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Novos telefones


021 88179292  oi

021 35984687

angelmattos@hotmail.com
“Quando você convida uma Alma para entrar em sua vida, ao conceber um bebê, está assumindo uma responsabilidade sagrada de amar e nutrir um impulso divino se manifestando sob a forma de humanidade.” Deepak Chopra

Filme O Renascimento do parto - Crítica



http://omelete.uol.com.br/cinema/o-renascimento-do-parto-critica/#.Uk76IEi5dLO

segunda-feira, 18 de março de 2013

TIPOS DE PARTO - MINISTÉRIO DA SAÚDE

Tipos de parto
Segundo o Ministério da Saúde, o parto normal é o mais aconselhado e seguro, devendo ser disponibilizados todos os recursos para que ele aconteça. Durante o pré-natal e o trabalho de parto, o profissional que atende a gestante avaliará as condições dela e do bebê, para identificar fatores que possam impedir o parto por via vaginal. "O melhor parto é aquele que oferece maior segurança para a mãe e para a criança", explica Rosiane Mattar, membro da Comissão de Gestação de Alto Risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). Para isso, é preciso acompanhar o desenvolvimento da gravidez no pré-natal e avaliar qualquer tipo de complicação.
É direito da mulher definir durante o pré-natal o local onde ocorrerá o parto. Vale ressaltar que os partos podem ser realizados nos centros de parto normal, em casa ou em qualquer hospital ou maternidade do Sistema Único de Saúde (SUS).
Brenda CacciatorParto normal  oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebêAmpliar
  • Parto normal oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebê
Conheça abaixo os diferentes tipos de parto e suas indicações.
Parto normal
O parto normal é mais seguro que a cesariana, pois oferece menos riscos de infecção, hemorragia e prematuridade do bebê. O apoio à mulher durante o pré-natal e o trabalho de parto é o principal recurso para seu bom desenvolvimento. Em casos realmente necessários, podem ser oferecidos métodos não farmacológicos de alívio da dor e utilizadas intervenções como analgesia.
"Outra vantagem do parto normal é que o organismo materno se prepara para o nascimento. Os hormônios prolactina e ocitocina, fabricados durante o trabalho de parto, são fundamentais para ajudar a acelerar a produção de leite. Quem faz uma cesárea não produz quantidade suficiente desses hormônios e o leite pode demorar a descer", explica o obstetra Jorge Kuhn, um dos fundadores da Casa Moara, espaço dedicado às mulheres grávidas e suas famílias. Além disso, a recuperação também é mais rápida em comparação à cesariana.
O parto normal deve ser o mais natural possível
Sempre que possível o parto deve acontecer sem intervenções. O ambiente deve respeitar a privacidade e as escolhas da gestante. Por isso, é indicado reduzir ruídos e luminosidade no local do parto, permitir que a parturiente caminhe, ingira líquidos e indique quem irá acompanhá-la. Além disso, é necessário possibilitar que a mulher adote as posições que a façam se sentir melhor – no momento da expulsão, por exemplo, a posição verticalizada pode facilitar o nascimento, por se mais fisiológica para mãe e bebê.
O recém-nascido também deve ser poupado de intervenções desnecessárias tradicionais. "Em relação ao recém-nascido, se ele estiver bem, chorando, com boa contratura muscular e bons reflexos, não é necessário fazer aspiração nasal, pois ele tem a capacidade de eliminar as secreções por conta própria. Isso acontece porque, no parto por via normal, é o bebê quem indica a hora certa de nascer e, durante a passagem pelo canal de parto, ele é massageado e estimulado para o nascimento", esclarece a obstetra Andrea Campos, da Casa Moara.
O corte do cordão umbilical também pode respeitar o ritmo natural e ser feito tardiamente, após cessarem os batimentos, a não ser que haja alguma contra-indicação. Alguns profissionais da saúde que atendem ao parto oferecem para que o pai da criança corte o cordão.
O parto natural pode ser realizado em maternidades, Centros de Parto Normal e em casa, mas é preciso contar com o acompanhamento de uma equipe especializada, liderada por enfermeiros-obstetras ou obstetrizes.
Nesse tipo de parto, a presença de uma doula também é bastante apropriada, visto que ela oferece suporte físico e emocional à parturiente, transmitindo confiança, segurança e suporte afetivo, físico e emocional. Ao longo do trabalho de parto, essa profissional ajuda a gestante a encontrar as melhores posições, sugere métodos para aliviar as dores, entre eles banhos e massagens, e ainda auxilia e orienta o acompanhante.
Parto domiciliar
Este tipo de parto é realizado na casa da parturiente. É recomendado apenas para gestações de baixo risco e deve ser conduzido por um médico ou enfermeiro-obstetra Durante o trabalho de parto, é preciso garantir que a gestante possa ser transferida para um hospital se for registrado qualquer problema ou complicação.
No Brasil, nas regiões do campo e da floresta, muitas crianças nascem pelas mãos de parteiras tradicionais, mulheres que, de forma voluntária, seguem o ofício de ajudar outras mulheres a parir.
Cada vez mais o governo brasileiro reconhece o valor e o trabalho das parteiras tradicionais, que também atuam nos centros urbanos.
Parto com fórceps ou vácuo extrator
Cada um tem sua indicação precisa, mas ambos são utilizados nos momentos finais do parto normal quando ocorrem situações de emergência ou sofrimento do bebê. O fórceps, instrumento cirúrgico que funciona como uma pinça, é usado para auxiliar a saída da criança do útero e finalizar o parto com segurança. O vácuo-extrator é como uma ventosa e também tem a função de ajudar o bebê a sair.
Parto na água
Neste tipo de parto normal ou natural, a mãe dá à luz em uma banheira com água morna, que pode proporcionar conforto e ajudar a aliviar as dores das contrações. O processo deve ser sempre acompanhado por um enfermeiro-obstetra ou médico e não é indicado em casos de parto prematuro, gestantes com diabetes, hipertensão, HIV positivo, hepatite B ou herpes genital ativo e bebês acima de quatro quilos.
Parto de cócoras
Outro tipo de parto normal ou natural, neste procedimento a mãe fica de cócoras em uma cadeira ou em um banco especial. Nessa postura, a força da gravidade facilita a saída do bebê e alivia a dor das contrações. A posição de cócoras é considerada mais fisiológica e pode ser adotada por qualquer gestante no momento do parto.
Cesárea
Segundo dados de 2009 do Ministério da Saúde, as cesarianas representam 34% dos partos realizados na rede pública de saúde brasileira. No entanto, por se tratar de um procedimento cirúrgico, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que esses casos não ultrapassem 15%. Essa indicação se refere aos partos de risco, quando há situações como posição inadequada do feto (que permanece sentado ou atravessado mesmo após tentativas para mudá-lo de posição) e descolamento prematuro de placenta.
"Outras razões que exigem a cesárea, constatadas durante o trabalho de parto, são o sofrimento fetal e a desproporção céfalo-pélvica. No primeiro caso, o bebê não está bem e precisa nascer imediatamente. No segundo, a mãe apresenta toda ou quase toda a dilatação necessária, mas o bebê não desce pelo canal de parto", detalha Andrea Campos.
Hoje há um abuso desse procedimento no Brasil, o que faz com que muitas crianças nasçam prematuras.
Parto prematuro
Segundo a OMS, o parto é considerado prematuro quando ocorre antes da 37ª semana de gestação. Entre as causas mais comuns para a prematuridade estão a gravidez na adolescência, ruptura prematura da bolsa, gestações de gêmeos e problemas de saúde da mãe, como pressão alta, infecção urinária, diabetes e tabagismo. A “cesariana de hora marcada” contribui com o aumento no número bebês que nascem prematuros.
Os cuidados com o bebê dependem do tempo de prematuridade. Quando o nascimento acontece entre 34 e 37 semanas, o maior risco é a dificuldade na respiração. No entanto, quando o prematuro nasce antes de 34 semanas, seus órgãos ainda não estão completamente desenvolvidos e é necessária uma atenção ainda maior.
Além disso, o bebê prematuro fica mais vulnerável a complicações que podem dificultar seu desenvolvimento. Por isso, é fundamental ter o acompanhamento do pediatra. Leite materno e muito carinho também são essenciais para garantir uma vida saudável para a criança.

Recomendações da Conferência Internacional para o Parto - OMS


Recomendações da Conferência Internacional para o Parto.

Escritório regionais da Europa e Américas

Organização Mundial da Saúde (OMS)

Fortaleza, Brasil, 22 a 26 Abril 1985.

 

1.Toda comunidade deve ser informada sobre os procedimentos relativos à atenção na gravidez e parto, permitindo a cada mulher eleger o tipo de cuidado que preferir.

2.As instituições que atendem partos devem observar os direitos humanos e leis que protejam a liberdade dos cidadãos, eliminando rotinas invasivas e segregadoras. E para o bem estar psicológico da mãe, tem que ser assegurada a presença de uma pessoa de sua escolha (pai, acompanhante ou doula) durante todo o processo de atendimento e permitidas visitas no período pós natal.

3. As entidades que atuam em cuidados pré natais devem considerar, junto com organismos estatais correspondentes, a facilitação do parto natural domiciliar, promovendo políticas de habitação e proteção técnico-científica.

4.Não há justificativa em nenhuma região geográfica para um percentual de cesariana maior que 10% a 15%.

5.Não é comprovado cientificamente que após a primeira cesárea seja necessária uma outra. Partos normais após uma cesárea devem ser estimulados.

6.Não há fundamentação científica para se efetuar a tricotomia (raspagem de pêlos) e lavagem intestinal no parto.

7.Não é recomendável colocar a mulher na posição de litotomia durante o trabalho de parto. A mulher deve ser encorajada a andar e acocorar-se durante o trabalho de parto e estimulada a escolher livremente a melhor posição para seu parto, bem como o local (instituição ou domicílio).

8.A indução do trabalho de parto só deverá ser executada sob restrita indicação médica, nunca por conveniência, e em nenhuma região geográfica poderá haver uma taxa percentual maior que 10% de partos induzidos.

9.A ruptura artificial da bolsa amniótica feita de rotina não tem nenhuma justificativa científica. Se necessário é recomendável fazê-la apenas em trabalhos de parto avançados.

10.A administração de analgésicos e anestésicos no parto deve ser criteriosa, para evitar efeitos colaterais indesejáveis.

11.A episiotomia sistemática não tem justificativa técnica ou científica.

12.A cardiotocografia deverá ser executada apenas em situações médicas selecionadas e no trabalho de parto induzido.

13.O começo do aleitamento materno deve ser iniciado imediatamente, de preferência dentro da sala de parto.

14.O recém-nascido sadio deve ficar em alojamento conjunto, sempre com a mãe.Nenhum processo de observação do recém-nascido sadio justifica a separação da mãe.

15.O aleitamento materno constitui alimentação normal e ideal do recém-nascido e oferece ao desenvolvimento da criança bases biológicas e efeitos inigualáveis. É recomendável oferecer o leite materno sempre que a criança desejar, não se prendendo a horários fixos. Importante que seja oferecido sem acompanhamento alimentar até 6 meses de idade.

 

 

Para maiores informações, acesse www.rehuna.org.br

As mulheres preferem parto normal.

Você acha que a maioria das mulheres brasileiras prefere a cesariana ou o parto normal? Você sabe qual a relação entre as cesarianas desnecessárias e o aumento dos problemas de saúde materna e neonatal? E sabe de que forma o uso das falsas justificativas que os médicos têm utilizado para induzir uma cesariana desnecessária (cordão enrolado no pescoço, pequeno tamanho da mãe, grande tamanho do bebê, entre tantas outras) têm contribuído para a perda da autonomia feminina?
Hoje vamos falar sobre isso, com a ajuda de um artigo muito importante que foi publicado em 2012 e que tem o título de “Reflexões sobre o excesso de cesarianas no Brasil e a autonomia das mulheres”, escrito por pesquisadores da Universidade de São Paulo.
É um artigo muito interessante, que menciona, inclusive, algo que tem a ver com essa nossa nova iniciativa: a importância do que temos feito na internet pela recuperação do direito de trazer nossos filhos ao mundo com respeito e de ser respeitada nesse momento.
O artigo fala sobre como o parto se tornou um evento quase exclusivamente medicalizado, ou seja, dominado pelo saber médico, e que isso não é um evento isolado. Os sofrimentos e as dores humanas deixaram de ser vivências humanas e passaram a ser vivências médicas. Antes, quando sofríamos, esse sofrimento era vivido e administrado no interior das nossas famílias, nos nossos grupos de amigos, em nosso círculo pessoal. Hoje não. Hoje são administrados sob um prisma médico, sob o ponto de vista do “como posso deixar de sofrer o mais rápido possível”, ainda que artificialmente. Nossas famílias não são mais mobilizadas para lidar com nossos sofrimentos, nem nossos amigos, e estamos nos distanciando como humanos uns dos outros. E o parto segue essa mesma tendência…
É isso o que os autores querem dizer quando afirmam que “a medicalização transforma culturalmente as populações, com um declínio na capacidade de enfrentamento autônomo das dores e adoecimentos”. O problema, um dos grandes problemas, é que essa medicalização excessiva contribui para que as mulheres percam suas capacidades de lidar com o fenômeno do parto…
É por isso que, para muitas mulheres, se tornou inaceitável não saber o dia que o filho vai nascer ou não conhecer a intensidade da dor do parto. Hoje, queremos ter controle sobre tudo. E que riqueza de vida podemos ter se tentamos controlar todas as variáveis?
Se não nos permitimos surpreender pela beleza da vida?
Os autores do artigo a que me refiro mostram alguns dados importantes. Vejam:
Ribeirão Preto, SP (1994):
50,8% de cesarianas
12,5% de prematuridade
10,7% de baixo peso ao nascer
São Luiz, MA (1997-1998):
33,7% de cesarianas
12,6% de prematuridade
7,6% de baixo peso ao nascer
Pelotas, RS (2004):
45,4% de cesarianas
15,3% de prematuridade
10% de baixo peso ao nascer
Da observação disso, surge um questionamento.
Sabe aquele papo de que “cesáreas salvam vidas”?
Sim, isso é uma grande verdade, cesáreas salvam vidas mesmo.
Sempre?
Não.
Em determinadas situações, a cesárea deixa de salvar vidas e passa a representar risco de vida. Exatamente o contrário do que seria esperado…
Parece estranho, mas não é.
Em um país como o nosso, em que o atendimento médico oferecido à população, embora ainda não seja o ideal, vem melhorando de qualidade, tem havido redução progressiva da mortalidade materna e neonatal. Mas quando analisamos a relação entre o aumento de cesarianas e o aumento da prematuridade, ou entre o aumento de cesarianas e o aumento do número de bebês nascidos com baixo peso, torna-se fácil entender que, ao contrário do que o senso comum acredita, a cesariana tem representado mais riscos que benefícios, e isso justamente porque tem sido feita não como um procedimento de necessidade, mas de conveniência.
Então estamos colocando a saúde dos bebês e das mães em risco por conveniência?
Sim, estamos.
E o artigo ainda cita um grande autor (Illich) para afirmar que, sim, as instituições de saúde estão produzindo problemas de saúde. Afinal de contas, se prematuridade do bebê é um problema sério de saúde coletiva, e ela tem sido causada principalmente pelas cesarianas eletivas, então as instituições de saúde, na figura da equipe médica, são as responsáveis diretas por isso.
No entanto, em uma inversão muito cruel e perversa, a prematuridade, o baixo peso ao nascer e as outras más consequências do nascimento induzido prematuramente não têm sido associadas, pelo senso comum, à equipe médica, mas, sim, a uma falsa “incapacidade da mulher de dar a luz”. Não é cruel isso?! É muito cruel…
Não, amigos, a mulher não está incapaz de dar a luz.
Ela está se tornando incapaz de tomar, sozinha, suas próprias decisões justamente porque depositou sobre a medicina toda a responsabilidade pelo bom funcionamento do seu corpo. E – olha só que disparate! – é justamente essa medicina que tem promovido resultados bastante indesejáveis…
Por isso é tão importante que as mulheres enxerguem essa questão e retomem para si o poder de decisão sobre seu corpo, seus partos e sobre a vida de seus filhos.
Gravidez não é doença. Parto não é problema.
Está se tornando doença e problema por má conduta de assistência.
Se pode haver problemas durante a gravidez e o parto? Claro que pode! Mas numa pequena minoria das mulheres. A grande maioria passaria tranquila e felizmente por essa rica experiência.
Passaria, assim, nesse tempo verbal?
Sim, passaria. Não tem passado mais em função de tanta intervenção…
Esse mesmo artigo diz mais uma coisa de fundamental importância para as mães que, provavelmente, encontrarão um obstetra louco pra vender-lhes uma cesárea: os trabalhos estão mostrando um impacto terrível da cesariana eletiva sobre a capacidade respiratória dos bebês… Há evidências de alta incidência de complicações respiratórias e internação neonatal em UTI entre bebês de mulheres que não entraram em trabalho de parto. Isso é sério, muito sério. Se você, mãe, gestante, pode escolher, por que escolheria algo assim? Claro que não escolheria… Mães querem o melhor para seus filhos.
Por que, então, as mulheres assim o fazem?
Por que esse tipo de informação não é oferecida nos consultórios e nos pré-natais. Afinal de contas, que obstetra que funciona na lógica da conveniência daria informação à mulher que poderia tirar de suas agendas, e de suas contas bancárias, uma cesariana marcada?
O artigo do qual estamos falando cita ainda a grande pesquisadora de saúde materno infantil Simone Diniz, quando esta diz que, em nosso país, convivem dois extremos: “o adoecimento e a morte por falta de tecnologia apropriada, e o adoecimento e a morte por excesso de tecnologia inapropriada”.
De que vale ter lutado tanto, e ainda lutar tanto, pela redução das mortes maternas e neonatais no Brasil se nós, com nossa excessiva tecnologia, a estamos elevando novamente?
O artigo faz, ainda, três perguntas importantes, das quais destaco uma:
As mulheres brasileiras preferem cesariana ou parto normal?
Quando a gente vê uma taxa nacional de cesariana superior a 52%, temos o ímpeto de responder: AS BRASILEIRAS PREFEREM A CESARIANA!
Mas não preferem não!
De acordo com o artigo, estudos realizados sobre preferência da via de parto pelas mulheres no Brasil mostram que a MAIORIA PREFERE O PARTO NORMAL. Uma revisão sistemática, envolvendo 38 outros estudos, indicou uma taxa de preferência pela cesariana de apenas 15,6%, valor que aumenta entre mulheres com cesariana anterior e entre as que moram em países de renda média.
E sabe por que a MAIORIA prefere parto normal?
Dois dos principais motivos são: a recuperação mais rápida e a muito maior satisfação com a experiência de nascimento de seus filhos.
Ou seja, se você já ouviu médico dizer que “Faço porque elas pedem”, saiba que ele está mentindo. Há mulheres que pedem? Sim. Mas o que as evidências mostram é que elas são MINORIA.
Então, por que tanta cesárea?
Os autores do artigo afirmam que, de acordo com o Ministério de Saúde, essa quantidade absurda de cesarianas, principalmente nos serviços privados de saúde, tem várias razões. E uma delas é uma relação de desigualdade entre médico e paciente, que dificulta a participação das mulheres na decisão do tipo de parto.
Por que essa desigualdade?
Porque as mulheres acreditam que não têm informação suficiente para decidir por si e que o médico é a autoridade máxima.
Então, caras amigas, saibam: se há uma autoridade máxima em questões que envolvem seu corpo e seus filhos, é você.
E se te faltou informação… AGORA NÃO FALTA MAIS!
Corra buscar para suas próprias mãos o domínio sobre seu próprio corpo.
Como?
Primeiro: SE INFORMANDO. Sabendo tudo o que for possível sobre cesariana, sobre parto normal, sobre direito de escolha, sobre as reais indicações de cesárea, sobre as falsas indicações, sobre como identificar um profissional sem comprometimento verdadeiro com saúde materno-infantil, sobre as consequências do nascimento antecipado para seu filho, sobre os procedimentos do pré-parto, intraparto e pós-parto, conversando com outras mulheres também informadas.
Segundo: não se colocando em posição de passividade perante o profissional de saúde. Ele é um profissional como outro qualquer, formou-se como outro graduado qualquer, e o fato de ser de uma determinada área não confere a ele poderes de divindade. E estando em um mundo capitalista, que valoriza sobretudo a conveniência – financeira e de tempo, porque time is money – é mais provável que ele valorize a si próprio que a sua experiência como mulher capaz de trazer seu filho ao mundo.
Mulheres trazem filhos ao mundo. Profissionais apenas as auxiliam. Assim, a peça chave, a verdadeira protagonista desta história é A MULHER.
Desculpem-nos os patriarcalistas, mas essa é que é a verdade.
Se a você foram dados argumentos amedrontadores, peça segundas, terceiras, quartas, enésimas opiniões. Converse com outras mulheres. Vá atrás da informação, não espere apenas que ela venha até você.
Se você foi ameaçada com frases como “Se não marcarmos no dia tal, vai ter que arrumar outro médico”, arrume outro médico. Não, não é fácil. Mas por que você depositaria sua confiança em alguém que te ameaça dessa forma e não te respeita? Isso também não é nada fácil…
Pense em você e em seu filho.
E lembre-se!
A grande maioria das mulheres prefere um parto normal.
Entre as que dizem preferir uma cesárea, estão muitas mulheres que foram amedrontadas e diminuídas por uma cultura que reforça o trinômio sangue-dor-morte e a incapacidade feminina de lidar com sua natureza. Que foram expostas a dezenas de imagens reais e mentais de um parto que nada tem de normal, embora seja vaginal, a fim de reforçar uma cultura violenta, medicalizante, tecnocrática, intervencionista e machista de nascimento.
Mulheres podem. Mulheres conseguem. Mulheres querem.
E se, ainda assim, a grande maioria delas têem acabado na cesárea, algo de muito estranho está acontecendo aí.
Estranho, perverso e cruel.
Não se esqueça disso.
Ligia Moreiras Sena, também conhecida como a Cientista Que Virou Mãe.

CURSO PARA GESTANTES , PAIS E CASAIS GRÁVIDOS .

POR UMA MATERNIDADE E PATERNIDADE ATIVAS E CONSCIENTES.