quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Momento de ser mãe.

Adoro revista !  Já fui assinante da revista Vida Simples, Bons Fluídos e agora pretendo assinar a Journal Yoga . Geralmente leio a revista de ponta a ponta e tem matérias e textos que sinto vontade de compartilhar.

Neste caso a revista é a Vida Simples de outubro de 2005 - nossa o tempo voa, eu tardo mas não falho rsrs . Na qual fiz  anotação na capa:" Página 81 , compartilhar Gravidos de Corpo e Alma. " (Esse era o nome do curso que ministrava para gestantes e casais na época).
Beijos , Namastê!




 Nasce uma irmã - Como criar harmonia na família com a chegada de mais uma criança*
Sandra Chemim na sua coluna Sem destino - O melhor lugar é aqui e agora. 

Impressionante como o segundo filho é muito mais fácil. Já se conhece a careta do cocô, o grunhido de cólica e o bate-beiço de fome. O Choro do bebê não angustia e sobra mais tempo e energia para se derreter - e confesso que estou babando desde o nascimento da  Júlia. O que muda é a relação com nossa filha de 3 anos, que virou irmã e tem que lidar com essa passagem. Todo mundo pergunta do ciúme. Acho isso meio simplista, para não dizer pessimista mesmo.
Silvia, terapeuta especializada em atendimento domiciliar pós- parto, já dava o tom  que estaria por vir : " Na primeira gravidez, nós nascemos  como pais. Agora Clara está nascendo como irmã. A mudança é grande , e ela precisa aprender a exercer esse novo papel." Pensando nisso,incluímos a pequena já no início da gravidez. Ela acompanhou o que estava acontecendo com a irmã dentro da minha barriga, viu ultra-som e tudo . Quando perguntavam como o neném ia se chamar, ela logo respondia que íamos esperar nascer para ver que carinha tinha. Dito e feito. A primeira coisa que me perguntou quando a irmã nasceu foi:" Ela tem cara de quê , mamãe?" Participar do que acontece com a família dá segurança.
Escolada, a avó deu a ela uma boneca-bebê com enxoval e tudo. Clara logo deu à sua filha o nome de Luci e , quando a irmã nasceu , já brincava de trocar fralda e dar peito. Criança aprende mesmo brincando e, para prevenir as situações que estariam por vir, o pai logo incluiu nas aventuras de antes de dormir histórias sobre a chegada dos irmãos. A que ela mais gosta é a dos patinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho que descobriram, cada um do seu jeito, como é gostoso ter um irmão - companheiro que está na cama ao lado. A terapeuta Silvia mais tarde confirmou o que o instinto já havia nos mostrado- as histórias infantis são como uma vacina emocional.
Naturalmente, apesar de todos os cuidados, a demanda por atenção cresce e mesmo nos dividindo o tempo nunca parece ser suficiente. A sequência já é  conhecida: começa com quero brincar, quando não estamos disponíveis emenda um quero comer, e se não respondemos na mesma hora dispara um quero fazer xixi. Com o tempo aprendemos o malabarismo.
Já vi gente que pensa que é melhor não demonstrar carinho com o bebê na frente do filho mais velho. Acho que esse não é o caminho. Prefiro mostrar minhas emoções com sinceridade e deixá-la mostrar as suas , mesmo que de vez em quando ela faça um carinho na irmã com aquela mão pesada bem na cabecinha do neném. Filho nunca vai gostar de quem os pais não gostarem, lembra a terapeuta. Não deu outra: em pouco tempo Clara me revelou que adora a irmã.
Entre uma mamada e outra vamos achando nossa nova harmonia familiar. O desafio agora é achar um tempo para mim, afinal , filho pequeno ocupa muito mesmo. Quando me dou conta, mais um dia se passou, estou exausta e mal consegui praticar meia hora de exercícios. Hora de respirar fundo e aceitar que esse é o momento de ser mãe.
* Por Sandra Chemim- depois de mãe, é publicitária e palestrante. Acompanhe as aventuras da família em www.santapaz.com e semdestino@abril.com.br

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POR UMA MATERNIDADE E PATERNIDADE ATIVAS E CONSCIENTES.