quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Artigo reúne diferentes experiências de parto normal e cesariana

Divulgação CientíficaArtigo reúne diferentes experiências de parto normal e cesarianaENSP, publicada em 05/01/2010Analisar as diferentes representações e experiências quanto ao partovaginal e cesárea de mulheres de diferentes estratos sócio-econômicos é otema do artigo 'Representações e experiências das mulheres sobre aassistência ao parto vaginal e cesárea em maternidades pública e privada',publicado na revista Cadernos de <http://www4.ensp.fiocruz.br/csp/index.htm>Saúde Pública (vol.25 no.11). A pesquisadora da ENSP, Karen Giffin, é umadas autoras da pesquisa - desenvolvida em uma maternidade pública, umaconveniada com o SUS e uma particular, com mulheres que tiveram os doistipos de parto no Rio de Janeiro. Andréa de Sousa Gama, da Faculdade de Serviço Social da Universidade doEstado do Rio de Janeiro; Karen Mary Giffin, da ENSP; Antonia Angulo-Tuesta,do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos; Gisele Peixoto Barbosa, daSuperintendência de Atenção Básica, Educação em Saúde e Gestão Participativada Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro; eEleonora d'Orsi, do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública daUniversidade Federal de Santa Catarina, são os autores do estudo. As mulheres entrevistadas pelos pesquisadores foram estimuladas a compararsuas diferentes experiências de parto nas distintas modalidades deassistência à saúde. Ao compararem o parto normal e a cesárea, as puérperasde ambos os estratos sócio-econômicos destacaram maiores vantagens para oparto normal. Foram eles: o protagonismo da mulher, as diferenças no cuidadomédico, a qualidade da relação com o bebê e a recuperação no pós-parto. Asrepresentações quanto ao parto normal são de um parto ativo, no qual asdores são vividas como as 'dores de mãe'. Sinalizaram, também, que o partonormal é mais saudável para o bebê e a mulher, por ser algo mais natural."Pode-se afirmar que a passagem do status de mulher para o de mãe, mediadapela cesariana, perderia parte de seu sentido, tendo em vista a anulação doprotagonismo feminino no momento do parto", afirmaram os autores. A pesquisa investigou as vantagens e desvantagens da cesárea. Na primeira,ficou constatada a ausência das dores do trabalho de parto e a possibilidadeda laqueadura. Como desvantagens foram mencionadas as dores no pós-parto, asdificuldades de recuperação e os riscos inerentes à cirurgia. "Elasressaltaram que a cesárea deve ser feita somente em caso de risco para a mãeou o bebê", diz o artigo. Além disso, os pesquisadores também perguntaram a opinião das entrevistadassobre o aumento crescente de mulheres que fazem uma cesárea, a pedido ounão. O principal fator para elas foi o medo das dores do parto e odesconhecimento das vantagens do parto normal. Por outro lado, algumasmulheres do setor privado destacaram a possibilidade de programar o partodevido à vida agitada da mulher contemporânea, em vez de esperar pelaimprevisibilidade do parto normal. Entre as informantes do setor privado, apesar de a maioria também ternascido de parto normal, não acham que isto as influenciou no desejo detambém tê-lo e atribuem a sua preferência ao parto normal porque são adeptasdas 'coisas naturais'. No setor público, nenhuma evidência de uma 'culturada cesárea' foi constatada. Ao contrário, a influência do seu grupo socialpelo parto normal, as dificuldades da recuperação da cesárea e arepresentação de que este procedimento cirúrgico retira da mulher o prazerem colocar o filho no mundo, apesar do manejo inadequado das dores do partonas maternidades públicas configuram um quadro de majoritária preferênciapelo parto normal. Os resultados da pesquisa demonstram que o modelo de organização dosserviços público e privado apresentam variações que produzem diferentestipos de assistência e de relação entre os profissionais de saúde e asusuárias, dando forma a experiências distintas entre as mulherespesquisadas. "A pesquisa desenvolvida confirma os resultados de outrasanálises que apontam para a preferência feminina pelo parto normal como umavivência de protagonismo e de maior satisfação na cena do parto. Os modelosde organização dos serviços público e privado apresentam variações queproduzem diferentes tipos de assistência e de relação entre os profissionaisde saúde e usuárias, dando forma a experiências distintas entre as mulherespesquisadas. As diferenças em torno do manejo da dor no trabalho de parto, arelação de continuidade entre pré-natal e parto e a confiança estabelecidaentre médicos e pacientes do setor privado foram atributos importantesdestacados pelas mulheres", destacaram os autores.Publicado no www.aleitamento.com <http://www.aleitamento.com/>

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