terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Depressão pós parto Paterna

Depressão pós-parto atinge um em cada 10 homens

Publicada em 30/05/2011 às 13h02m
O Globo

RIO - De acordo com uma pesquisa do Fatherhood Institute, um em cada dez pais têm depressão pós-parto devido às mesmas causas que atingem uma em cada sete mães: as mudanças na vida devido ao nascimento do bebê, falta de sono e aumento da responsabilidade. Se a parceira estiver deprimida então, aí é que a probabilidade de depressão pós-parto masculina aumenta, segundo a pesquisadora Adrienne Burgess.

Homens e mulheres com doenças mentais pré-existentes têm mais risco de desenvolver depressão depois do nascimento dos filhos, mas nos homens isso pode acontecer ainda durante a gravidez, quando o relacionamento começa a mudar. Os homens podem se sentir deixados de lado enquanto suas parceiras viram o centro das atenções.

Tanto mães quanto pais podem se sentir cansados, estressados e culpados como consequência da depressão, mas reagem de forma diferente, o que pode tornar o diagnóstico mais difícil. Os homens ficam bravos e podem passar a beber demais e se envolver em relacionamentos extraconjugais. Já as mulheres ficam tristes.

A saída, segundo especialistas, é procurar terapias variadas e até massagem para aliviar a tensão, além de optar por uma dieta balanceada. Escrever os sentimentos em um diário também pode ser uma solução.

A pesquisa também mostra que o impacto emocional e comportamental da depressão dos pais nas crianças pode ser constatado aos 11 anos e meninos são mais afetados que meninas.

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/05/30/depressao-pos-parto-atinge-um-em-cada-10-homens-924560097.asp#ixzz1O3FEEiTV

O pai deve ser expulso do parto?

Reflexões sobre  matéria que saiu na revista pais e filhos...





Compartilho e concordo em todos os sentidos com o pensamento do Dr. Ricardo Jones ...


"Insistir nesse equívoco atrapalha os objetivos da humanização do nascimento.
Por “equívoco” eu considero QUALQUER determinação EXTERNA que não parta da MULHER.
INSERIR o pai ou expulsá-lo é a MESMA COISA se nos negamos a olhar cada mulher e cada parto como únicos e irreprodutíveis !!!!
Sem o protagonismo poderemos apenas sofisticar tutelas...
Expulsar o pai PIORA O PARTO, inseri-lo no ambiente de parto TAMBÉM.... E VICE VERSA.
Quando é que vamos parar com as regrinhas ridículas as quais as mulheres devem se submeter, sem levar em consideração a sua subjetividade????
 
A ideia original do Michel é de que o parto precisa ser levado em segurança, sem que a paciente se sinta observada, resguardando a sua privacidade e intimidade. Com isso elevaremos os níveis de ocitocina e manteremos a adrenalina baixa, produzindo uma normalização das contrações e um progresso adequado do trabalho de parto. O entorno é fundamental, como diria Grantly Dick-Read; a “psicosfera” é determinante, como diria meu colega Max. Este parece ser um ponto pacífico, e quase ninguém parece discordar disso.
 
Entretanto, criar sobre este PRINCÍPIO GERAL uma “regra”, um “protocolo”, um determinante externo ao desejo da mulher é tratar as mulheres como animais, bichos desprovidos de subjetividade e de linguagem. Estabelecer que todos os pais devem sair do ambiente de parto é um equívoco; determinar que todas as mães amamentem na primeira hora também. Obrigar a euforia e a felicidade após cada parto é uma imposição cruel e desumana. O único caminho dentro da trilha da linguagem é olhar para este fenômeno como algo especial e infinito em suas particularidades e detalhes.
 
Quantas vezes será necessário repetir que “intimidade” é um valor SUBJETIVO, pessoal e determinado por circunstâncias de ordem cultural, circunstancial e contextual?
O que era intimidade há 200 anos hoje não é. Quartos para os pais diferente daquele dos filhos parece uma obviedade hoje em dia, mas há poucos anos isso era o contrário era o padrão. A intimidade – de um casal ou de uma mulher parindo - é uma criação de caráter social, e não um valor biológico para os humanos. As análises etológicas, que estudam o comportamento animal, são excelentes fontes de ensino, mas não podemos expandir a compreensão de comportamentos – como no sexo e no parto – daquilo que observamos em animais que não são dotados de linguagem (possuem apenas ACS – Sistema de Comunicação Animal). Portanto, o que é válido para uma vaca, uma cabra, um felino e um equino não é necessariamente adequado para seres humanos!!
 
Uma mulher pode se sentir vigiada estando sozinha em uma sala, e pode se sentir plenamente segura e com intimidade estando rodeada de amigos, familiares e profissionais que a atendem. Criar proibições para este evento tão delicado não parece ter embasamento científico e lógico, e não parece ser adequado ou justo."
 
Ric Jones


"também gostei muito de como o Ric se colocou.

Penso que a gente deve tomar muito cuidado para mão criar novas rotinas quando se pretende acabar com algumas. E cuidar para não ser absoluto em nenhuma afirmação. Há muitas verdades, não apenas uma.

Na primeira Conferência Internacional, de 2000, em Fortaleza, o Michel Odent já disse isso.

Eu lhe escrevi uma longa carta, explicando os vários motivos pelos quais  eu discordava de sua posição.

Um deles era porque a Ângela Gehrke, da Monte Azul, havia comentado que, quando aos pais daquelas mulheres da comunidade estão presentes no parto, isso reduz em muito, depois, a violência doméstica. Eles olham com mais respeito para as mulheres que pariram seus filhos. Acho que só isso já é uma boa razão. Desde, é claro, que as mulheres desejem a sua presença.

Quanto à energia feminina no parto: a A Ina May Gaskin, no livro dela, e numa conversa em que abordei especificamente esse tema (o Michel Odent ter dito sobre a energia masculina no parto): ela comentou que, em geral é um evento de mulheres, de energia yin, feminina. Mas que, algumas vezes, quando o parto parava, ela sentia necessidade de energia yang, ela chamava o Stephen. Assim que ele entrava no quarto, o parto voltava a acontecer.

Enfim, cada parto é um parto. E acho que ainda temos um longo caminho a desvendar para compreender melhor esse processo.

O mais importante, para mim: é retirar o foco dos prestadores e colocar o foco na atenção, cada vez melhor, ao processo de parto, ao bem estar da mulher, do bebê e da família.

E penso que estamos conseguindo fazer isso.

Com quem puder participar...

abraços"

Daphne ( ReHuNa)


"Concordo em gênero, numero e grau! Os partos na Monte Azul tinham diversos padrões de acompanhamento. Como não havia restrições nesse sentido por parte da Angela, que efetivamente respeitava a decisão das mulheres a esse respeito, havia uma grande variedade de situações: mulheres sem acompanhantes, mulheres com acompanhamento de parentes femininas, de conjuges, e/ou de amigas. Para quem quer conferir, segue link do artigo. http://www.scielo.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/"

Abraços,

Sonia




CURSO PARA GESTANTES , PAIS E CASAIS GRÁVIDOS .

POR UMA MATERNIDADE E PATERNIDADE ATIVAS E CONSCIENTES.